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IFLA Trend Report" pretende ser um ponto de partida – catalisador – para o debate, tanto dentro da área das bibliotecas como junto de parceiros externos. O seu objetivo é apoiar as bibliotecas a se prepararem para o futuro próximo, para que não só sobrevivam, mas prosperem e contribuam ativamente para o desenvolvimneto da sociedade. Isto porque, a forma como as bibliotecas responderão aos inúmeros desafios, terá uma influência decisiva sobre a dimensão e a importância do seu papel na evolução do mundo da informação.
Através de um questionário feito a líderes emergentes de todo o mundo, pedindo-lhes para identificar potenciais tendências em relação ao futuro, a IFLA reuniu um conjunto de ideias, algumas mais gerais, outras mais relacionadas com a área específica das bibliotecas, que necessitam de resposta eficaz por parte das instituições da informação. A atualização 2021 do documento abre novos caminhos e traz novas questões para reflexão sobre o futuro do acesso e da utilização da informação, fruto de um mundo cada vez mais hiperconectado e em constante mudança.
O Relatório identifica cinco tendências-chave que desempenharão um papel fundamental na formação do futuro ecossistema da informação:
TREND 1 - A expansão das novas tecnologias irá aumentar as desigualdades limitando quem tem acesso à informação;
TREND 2 - A educação online irá democratizar e criar uma disrupção na aprendizagem global;
TREND 3 - Serão redefinidos os limites da privacidade e da proteção de dados;
TREND 4 - As sociedades hiperconectadas irão permitir que surjam novas vozes e que seja dado poder a novos grupos;
TREND 5 - As novas tecnologias transformarão o ambiente global da economia da informação;
Na atualização de 2021, são referênciadas 20 tendências (umas complementares, outras até contraditórias) que marcarão a vida profissional dos líderes da área da informação nos próximos dez anos. Para cada uma destas tendências, o Relatório sublinha as questões e aspetos-chave, bem como as eventuais respostas da área das bibliotecas: tempos difíceis, o virtual veio para ficar, o regresso dos espaços físicos por contraposição, a ascensão das "soft skills", a importância da diversidade, a consideração ambiental, a mobilidade da população, a impaciência do utilizador, a reação do analógico face ao digital, a importância de escala, o domínio dos dados, a transformação na forma de investigação, a polarização (extremização) de opiniões, a Aprendizagem ao Longo da Vida, a coleção única e global, a privatização do conhecimento, a importância das qualificações, o reconhecimento da Literacia da Informação, as questões provocadas pelo conceito "Open" e o agravamento das desigualdades.
