O Grupo de Trabalho de Bibliotecas Públicas da BAD (GT-BP) organiza, no próximo dia 18 de novembro, em sessão online (via Zoom), o 1º Encontro de bibliotecas e leitura em ambiente prisional que tem como objetivo promover a reflexão e debater metodologias e perspetivas sobre os contributos e relacionamento das bibliotecas públicas com as bibliotecas prisionais, e o seu papel na reabilitação da população reclusa.
Responsáveis de organismos da administração central, Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (Bruno Durate Eiras) e Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prosionais (Manuela Raimundo), coordenadores de projetos internacionais (Lisa Krolak da UNESCO e IFLA e Laura Fraile Vicente, da Red LEEN), técnicos, investigadores e bibliotecários (Jorge Teixeira, do EP do Porto, Maria Emilia Cataluna, da Biblioteca Municipal de Beja, Maria José Vitorino, da Laredo Associação Cultural, Mafalda Pereira, investigadora e Cláudia Assis Teixeira, da Associação de Visitadores de Reclusos), irão analisar a situação e refletir sobre os desafios com que se confrontam os profissionais de biblioteca para disponibilizar informação e serviços de leitura a comunidades prisionais.
Na oportunidade deste Encontro, relembramos que, no âmbito do Ano Iberoamericano das Bibliotecas, em 2021, foi criada a
Rede LEEN-Lecturas en el encierro, uma Rede Iberoamericana, apoiada pelo Iberbibliotecas e financiada pelo Sistema de Bibliotecas Públicas do Chile. Este projeto, coordenado por Miguel Rivera Donoso (Chile), pretende promover a leitura nos estabelecimentos prisionais, disponibilizando uma plataforma de recursos e formação para a promoção da partilha de experiências e iniciativas, dentro e fora de muros, que têm a leitura em privação da liberdade como motor. Aceda aqui à plataforma e explore-a!
A título de informação, refira-se que a DGLAB desenvolve, desde 1998, o Programa «Leitura sem Fronteiras» que resulta da parceria com a DGRSP e da colaboração das bibliotecas públicas municipais, promovendo várias iniciativas para o público prisional (desde a oferta de livros para as bibliotecas dos EP e ações locais de sensibilização, até ações continuadas de contacto com textos e autores, concursos de leitura e escrita, entre outras). Neste contexto, o apoio das bibliotecas públicas revela-se fundamental para a execução do Programa, sendo já 24, de acordo com o Relatório Estatístico de 2021, as bibliotecas da RNBP que colaboram com os estabelecimentos prisionais da sua região.
Atualizado a 23 -11-2022