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Procura Avançada
Carta do Porto Santo


A Carta do Porto Santo - “A cultura e a promoção da democracia: para uma cidadania cultural europeia", elaborada no âmbito da 
Conferência Europeia de Porto Santo "Da democratização à democracia cultural: repensar instituições e práticas", que decorreu nos dias dias 27 e 28 de Abril de 2021, assume-se como um documento de orientação nas áreas da Cultura e Educação.

"A pandemia Covid19 evidenciou a importância da cultura para a qualidade das nossas vidas, mas contribuiu também para erguer barreiras a muitos níveis, entre os quais no acesso à cultura. O reforço da democracia na Europa implicará deitar abaixo esses muros e remover os obstáculos à participação, tornando-a o mais ampla possível. As desigualdades que a pandemia expôs, as fragilidades do sector cultural e a propensão ao surgimento de tensões sociais, exigem que as manifestações culturais sejam valorizadas como parte do desenvolvimento sustentável do projeto europeu."

"(...). Cristalizaram-se as hierarquias sociais no acesso aos bens culturais. É preciso pensar de outro modo, desenhar outro paradigma. (...) uma mudança de atitude e um deslocamento da relação de consumo para a do comprometimento. Recusa a menorização dos cidadãos e dos públicos não conotados com as elites, valorizando o que cada um sabe, as suas tradições, a sua voz. Não «leva cultura» aos territórios, porque em todos os territórios já existe cultura: valoriza a cultura local e complementa-a com outras expressões culturais, abrindo a experiência local ao universal, e estimulando esse diálogo. A vontade de preservação da diversidade cultural e de proteção dos direitos culturais afirma-se como uma alternativa à globalização económica e cultural. Implica a valorização de culturas e públicos distintos e reconhece o direito de emancipação e empoderamento dos cidadãos como sujeitos culturais ativos: com a possibilidade de participarem e decidirem a vida cultural das comunidades. Para isso, é preciso dar acesso aos meios de produção cultural e democratizar os processos de decisão. Deve garantir-se a pluralidade na produção cultural e na sua difusão, não apenas no acesso. Assim, a democracia cultural favorece a pluralização, a territorialização das decisões e a partilha do poder."

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É neste contexto que o potencial das bibliotecas deve ser valorizado, contribuindo para alcançar a participação cidadã necessária à criação e fruição cultural e ao desenvolvimento de uma sociedade sustentável alicerçada em comunidades coesas, inclusivas e participativas onde ninguém é deixado para trás.

Aceda à Carta do Porto Santo na íntegra.


14-07-2021 | RD    
    
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Última Actualização em: 22-12-2024