Foi celebrado, hoje, dia 26 de junho de 2024, entre a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e a Área Metropolitana de Lisboa (AML), o Acordo de Cooperação para a formalização e desenvolvimento da Rede Metropolitana de Bibliotecas Públicas da AML, numa ótica de oferta partilhada de recursos e serviços de qualidade para as bibliotecas públicas da região.
Esta é a 20ª Rede de Bibliotecas criada ao abrigo de Acordos de Cooperação entre as Comunidades Intermunicipais/Áreas Metropolitanas e a DGLAB.
Com uma área de 3 000 km2, torna-se fundamental a aposta na articulação e colaboração entre os serviços de biblioteca pública para que os mesmos alcancem os quase 3 milhões de habitantes dos seus 18 municípios. É nesse âmbito que a formalização da Rede Metropolitana de Bibliotecas Públicas da
AML pretende vir a contribuir para facilitar a aproximação entre os territórios e as pessoas, à semelhança do que tem acontecido noutras áreas de intervenção.
Na construção de uma visão partilhada e orientada para um serviço público de qualidade, através da promoção de políticas públicas focadas nos impactos, a colaboração assume-se como uma necessidade cada vez mais importante para responder eficazmente aos atuais desafios da sociedade, seja no combate à iliteracia, à exclusão social, ao isolamento das comunidades, à pobreza ou ao desemprego.
A colaboração pressupõe uma interdependência entre as partes e a assunção conjunta das responsabilidades, maximizando os recursos disponíveis, mas também a partilha de riscos e a consequente minimização da exposição individual. Do trabalho em rede resultará para o cidadão a atenuação de eventuais desequilíbrios através da disponibilização do acesso aos serviços e aos recursos de biblioteca existentes na comunidade, independentemente do seu município de origem. Será assim possível reduzir custos e ganhar escala, reforçando a identidade regional e coesão territorial, sem prejuízo da identidade local de cada comunidade.
Por outro lado, a aprendizagem mútua permite uma maior eficácia e ganho de escala, contribuindo para a maximização do impacto e uma maior sustentabilidade na construção de projetos integrados com a estratégia intermunicipal pensada para as comunidades.
O processo colaborativo exige às entidades envolvidas o estabelecimento de uma base comum de trabalho e o acordo numa visão conjunta para serem capazes de desenvolver mecanismos de avaliação de necessidades e de quantificação da dimensão das iniciativas a implementar, induz necessariamente à capacitação para definir objetivos específicos, metas e um plano de ação, não esquecendo a importância de definir metodologias de avaliação comuns.
A partilha de riscos e de recursos na implementação de serviços inovadores em contextos de complexidade e de incerteza incentiva e propicia a colaboração, sendo necessária pois, uma visão capaz que mesmo dentro das diferenças entre municípios, defina caminhos comuns para benefício de uma população alargada a toda a AML.
A estratégia da DGLAB na criação de Redes Intermunicipais de Bibliotecas Públicas ou Redes Metropolitanas de Bibliotecas Públicas, organizadas em Grupos de Trabalho constituídos pelos técnicos responsáveis por cada biblioteca e em cooperação com as CIM/AM, pretende contribuir para aumentar a qualificação e desenvolver serviços capazes de responder eficazmente às necessidades das populações, garantindo apoio na definição de normas de trabalho comuns, na promoção de hábitos de trabalho colaborativo e na adoção de estratégias conjuntas e concertadas, reforçando o papel das bibliotecas junto das comunidades e, consequentemente, a sua valorização, como lugar de socialização capaz de reforçar a coesão social sobretudo no contexto da inclusão social e digital dos cidadãos.
Integram esta
Rede Metropolitana de Bibliotecas Públicas da Área Metropolitana de Lisboa as bibliotecas municipais de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.