Como forma de incentivar as bibliotecas públicas a assinalar algumas datas comemorativas e a desenvolver atividades com elas relacionadas, elaborámos o Calendário da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas a que associámos, para além de uma seleção de dias comemorativos mais relevantes que poderão contribuir para potenciar o papel de formação e informação das bibliotecas municipais, temas mensais que representam áreas de atuação essenciais com propostas de atividades a dinamizar.
No mês de novembro, a proposta "Jogos" tem em consideração o jogo como elemento inclusivo, lúdico e capaz de potenciar a aquisição de competências a diversas dimensões e em vários públicos-alvo, sendo entendido como um dos recursos a disponibilizar pelas bibliotecas e a trabalhar nas comunidades que estas servem: organizar sessões de jogos de tabuleiro, criar o próprio jogo, organizar campeonatos, são várias as possibilidades deste recurso, dependendo dos objetivos que nos propusemos a atingir, do tipo de jogo e dos suportes a utilizar.
Planear a constituição de uma coleção de jogos de tabuleiro numa biblioteca deve atender a vários aspetos, entre eles, ao estabelecimento de objetivos e à definição de públicos - alvo. Dada a especificidade destas coleções, deverá também ser definida uma estratégia para a sua divulgação junto da comunidade. Partindo da determinação das finalidades (experimentação, emoções, interação, competição, estratégia, conhecimento, destreza, etc.) e públicos visados, deverá começar-se por selecionar jogos fáceis e de rápida apreensão para, posteriormente, e face ao feedback dos utilizadores, expandir a coleção de acordo com as expecativas e experiências observadas.
Recolhemos exemplos de dinamização desta vertente lúdica em diversas bibliotecas públicas, deixando aqui uma pequena nota e esperando que iniciativas similares se possam continuar a desenvolver de forma inovadora e em moldes adequados às diferentes realidades e necessidades das comunidades e que assim os jogos sejam capazes de contribuir para a inclusão e integração de todos, fortalecendo resiliências e "não deixando ninguém para trás".
No projeto PADES da Rede Intermunicipal do Alentejo Central - RIBAC, "Ler e Crescer em Família", foi dada especial importância à componente jogo como ferramenta capaz de promover a criatividade e o respeito pelas regras, para além de ajudar a lidar com as emoções. Foram planeadas ações de jogos de tabuleiro em várias bibliotecas, entre elas Viana do Alentejo e Montemor-o-Novo de que deixamos registo fotográfico.
Já a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, de Braga, associou-se à iniciativa do município "Braga Romana", recriando na biblioteca os Jogos Romanos de Tabuleiro numa parceria com o projeto educativo
Centurium e manteve, numa parceria com a
Associação Cidade Curiosa, os Encontros Mensais de Jogos de Tabuleiro cuja adesão foi um sucesso.
A Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, de Leiria, através do seu serviço de Ludoteca e em colaboração com os
Boardgamers de Leiria - "Asteriscos", organizou diversas sessões dos "Jogos de Tabuleiro Modernos para Toda a Família". Para além do caráter lúdico, pretendeu-se que os participantes trabalhassem diferentes competências relacionadas com cada jogo específico.
Na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, de Vila Verde, o projeto "Board Games Night" nasceu com a inauguração da Ludoteca Municipal. A coleção inicial de 50 jogos de tabuleiro - divertidos, didáticos, estimuladores de aprendizagens e do desenvolvimento do raciocínio lógico, do trabalho em equipa, da destreza e da superação de dificuldades - funcionam como uma ferramenta lúdico-pedagógica, de socialização e integração, contribuindo para a convivência inter-familiar e inter-geracional.
Os encontros do "Clube de Estratégia da Biblioteca" de Santa Maria da Feira, entretanto suspensos face à pandemia, foram planeados para o público maior de 15 anos e orientados pela ALPCeS (
Associação Ludopedagógica, Cultural e Social), foram planeados utilizando mecânicas de jogo criativas e inovadoras e pretendiam proporcionar novas experiências e formas de interação entre jogadores.
Também a Biblioteca Pública de Évora, na sua rubrica "Todos no Sofá, Mas Cada Um no Seu", atividade online iniciada com o primeiro confinamento, incluiu os jogos de tabuleiro (tradicionais e modernos), no seguimento dos "Encontros de Jogos de Tabuleiro" que contaram com a colaboração da
B de Brincar.
A Biblioteca Municipal do Seixal, numa parceria com o
Clube de Estratégia do Seixal, dinamizou a oficina "Peças Unem Pessoas", atividade que pretendeu dar a conhecer os jogos de tabuleiro modernos e as suas potencialidades, estimulando simultâneamente o convívio intergeracional.
No âmbito dos videojogos, foram recentemente inaugurados, o "Espaço Gaming”, na Biblioteca Municipal de Estarreja, dirigido "a miúdos e a graúdos" e o "Gaming em Segurança", da Biblioteca Municipal de Mangualde.
Posto isto, #VamosJogarRNBP?